No dia de Natal, infelizmente estive longe de Peniche e não tive o prazer de presenciar um dos melhores dias de observação de marinhas...felizmente estiveram presentes outros observadores. Fica aqui o registo de um dia memorável pela lente do Pedro Nicolau. Postado por: Helder Cardoso; fotos: Pedro Nicolau
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Hoje de manhã eu e o Pedro Ramalho juntámos-nos para mais uma contagem RAM no Cabo Carvoeiro. Com um vento muito pouco favorável para marinhas a manhã foi relativamente calma: 1 Gavia immer 13 Puffinus mauretanicus 1 Puffinus sp. (possível yelkouan) 550 Morus bassanus 2 Phalacrocorax aristotelis 15 Stercorarius skua 62 Alca torda 4 Uria/Alca sp. 1 Fratercula arctica 1 Chroicocephalus ridibundus No molhe-leste encontrámos dois Larus marinus 1º inv. Um deles bastante pequeno, não muito maior que as L. michahellis. Depois de visitarmos o molhe-leste, decidimos ir ver se as A. richardii estavam pelos campos da ETAR, detectámos dois inds, que apesar de não conseguirmos fotos, conseguimos uma gravação do típico chamamento.
Ao percorrermos o prado em busca das A. richardii, levantámos do chão duas Asio flammeus. Postado por: Helder Cardoso
Hoje de manhã em 1,30 horas de observação na cruz dos Remédios, Peniche a passagem de Morus bassanus estava regular com cerca de 560aves/hora, e entre outras espécies mais comuns é de destacar: 3 Rissa tridactyla (2 1inv. e 1 ad.), as primeiras desta época. 1 Puffinus puffinus, 2 Puffinus griseus 1 Phalaropus fulicarius 1 Mergus serrator 4 Recurvirostra avosetta 1 Ardea cinerea No porto de Peniche estava um Larus marinus adulto, eventualmente a mesma ave que já tinha detectado há uma semana atrás, mas deixo-vos com uma foto para ilustrar o post. Ppostado por: Helder Cardoso
Ontem de manhã, apesar do vento manhoso do quadrante Sul que se instalou nos últimos dias, resolvi ir espreitar o mar na Cruz dos Remédios, no Cabo Carvoeiro.
A passagem de Morus estava regular e com número interessantes para as condições atmosféricas, com 486 ind. a passar em 45 min (08.05h-08.50h). O resumo: S. pommarinus: 16 S. skua: 5 P.mauretanicus: 48 P. puffinus: 1 P. griseus:5 C. diomedea: 3 M. bassanus: 486 I. melanocephalus: 1 (1º inv) P. squatarola: 4 (bando em voo no mar) Ao longe, para lá da média distância entre a Berlenga e Peniche, passavam regularmente os S. pommarinus, quase todos adultos em fase clara, em pares ou grupos de 3, possivelmente passaram mais, contudo a grande dispersão de aves pelo mar, foi complicado monitorizar tudo. O resto do dia foi investido na procura de raridades (raridades de origem neartica e da aparentemente Alfacinha inornatus), eu e outros observadores, batemos os vários locais em Peniche e Lagoa de Óbidos, mas nada! Nada de passeriformes migradores, os números foram muito baixos, com meia dúzia de P. collybita, 1 Muscicapa striata, 1 P. trochilus, 2 A. scirpaceus e ao final do dia encontrei 1 S. communis, macho 1cy numa figueira, gordo que nem um texugo, possivelmente de vários dias "estacionado" no mesmo local. Longe de deter o conhecimento de todas as variáveis envolvidas no complexo processo de migração, posso no entanto expressar uma opinião sobre o sucedido. Ao que parece baixas pressões que trouxeram ventos do quadrante Sul e chuva, barraram o caminho aos migradores no Norte de Espanha e Biscaia e os passeriformes nos dias subsequentes que já estavam abaixo da "cintura" de depressões, foram-se movendo para Sul. Vi, por exemplo, algumas C. daurica e Fringilla coelebs a migrarem para Sul no sábado à tarde (19.10.2013) e nessa mesma noite, apontei o telescópio à lua e em 30 min de observação logo depois de deixar de haver luz, passaram 10 aves, testemunhando que havia movimento nessa noite. Em suma, creio que o que aconteceu foi um interromper do fluxo de migradores, e apesar das condições pouco favoráveis em Portugal, a movimentação foi possível, permitindo aos indivíduos em condições continuarem viagem para sul, esvaziando a pouco e pouco o "stock" de migradores do Oeste. O tempo adverso durante um período migratório, pode induzir um observador a sair, na expectativa de ter forçado as aves a ficarem num mesmo local, contudo, creio que a grande questão será, onde se situa esse limite? Quão adverso a situação atmosférica precisa de estar para impedir a deslocação? Postado por: Helder Cardoso Hoje, bem cedo...rumei a Peniche...com o som do vento que se intensificava durante a noite na janela do meu quarto, fui cheio de expectativa que o Vento de Oeste trouxesse alguma animação para junto da costa. Numa homenagem sentida ao Demis Roussos...fui a cantarolar no carro na esperança que "My friend the Wind" fosse generoso no número de Rissas e moleiros...quem sabe um Mellanita fusca ou Fratecula artica. Ao chegar a Peniche o mar estava agitado, mas o vento, nada do que estava prometido...um vento fraco..acompanhado com aguaceiros...o braço da frente fria estava ainda a passar e o vento ainda não estava instalado....decidi ir espreitar o Molhe Leste e ver umas gaivotas... Na ribeira estava um Larus marinus 1ºinv e entretanto chegou uma Larus argentatus 1º inv., um ind. com um grande número de penas do manto e escapulares mudadas com um barrado fino e de tons pálidos, o padrão das terciárias era já imperceptível, tal era o desgaste. Entretanto o vento já estava a ficar mais forte e decidi voltar à Cruz dos Remédios e espreitar o mar...não sem antes passar no "fosso", junto às saídas de esgoto das muralhas e no frenesim de Guinchos, uma Larus canus ad., talvez o mesmo ind. que tinha visto ontem a caminho do Cabo Carvoeiro. O vento, agora forte, já tinha empurrado algumas aves para junto da costa, numa hora de contagem (10h - 11h): A. torda: 141 S. skua: 23 P. mauretanicus: 6 L. melanocephalus: 4 P. griseus: 1 R. tridactyla: 9 M. nigra: 1 Postado por: Helder Cardoso, Foto: Helder Cardoso
Hoje foi mais uma manhã de Contagem de Aves Marinhas no Cabo Carvoeiro, no âmbito das contagens RAM organizadas pela SPEA. Antes de chegar ao cabo Carvoeiro, foram detectadas duas Larus canus (ad e 1ºInv.), junto da estrada que segue para o Cabo Carvoeiro. O ind. adulto poderá ser o mesmo que já é observada há vários anos no mesmo local. Observadores: Pedro Ramalho, Leila Duarte, Adriana Silva, Helder Cardoso Peniche--Cabo Carvoeiro 12/Jan/2013 8:00 - 10:30 8 espécies (Puffinus mauretanicus) 6 (Morus bassanus) 546 (Phalacrocorax aristotelis) 4 (Haematopus ostralegus) 1 (Chroicocephalus ridibundus) 16 (Thalasseus sandvicensis) 3 (Stercorarius skua) 9 (Alca torda) 32 Postado por: Helder Cardoso; Foto: Helder Cardoso
Peniche--Cabo Carvoeiro 8:30 - 10:00 Meteorologia: Vento moderado de NW, Visibilidade boa 10 espécies (Melanitta nigra) 144 (Gavia immer) 1 (Puffinus griseus) 1 (Puffinus mauretanicus) 4 (Morus bassanus) 451 (Rissa tridactyla) 1 (Chroicocephalus ridibundus) 1 (Ichthyaetus melanocephalus) 8 (Stercorarius skua) 7 (Alca torda) 67 Passámos também no porto de Peniche no final da contagem e a Gavia stellata, encontrada pelo Rui Caratão, ainda se encontra por lá. Observadores: Helder Cardos e Leila Duarte Postado por: Helder Cardoso
Hoje de manhã eu e a minha mulher rumámos até ao cabo Carvoeiro para mais uma contagem RAM. O vento estava a soprar moderado a forte de SW e a passagem de Morus estava bastante intensa e próxima da costa. A meio da manhã juntou-se a nós a Solena, uma aluna da ESTM que contactou pela primeira vez com a contagem de aves marinhas. O número de espécies foi baixo, mas por entre as fileiras cerradas de Morus lá surgiu o chocolate e prateado de uma Puffinus griseus, uma reminiscência das contagens de Setembro e Outubro.
As condições de luz estavam bastante variáveis, tornando interessante observar a forma como as Puffinus mauretanicus subitamente passam de um castanho escuro, quase preto, para um castanho pálido, quando expostas ao sol. Peniche--Cabo Carvoeiro Hora: 8:00 - 9:30 Comentários: Vento: Moderado/forte SW, Visibilidade: Regular; Períodos de Chuva 8 espécies Melanitta nigra 19 Puffinus griseus 1 Puffinus mauretanicus 51 Morus bassanus 3554 Ichthyaetus melanocephalus 3 Thalasseus sandvicensis 1 Stercorarius skua 13 Alca torda 33 Observadores: Helder Cardoso, Leila Duarte e Solena. Postado por: Helder Cardoso 30/Out/2012 8:00 - 9:00 8 espécie Vento: Fraco W (Melanitta nigra) 15 (Calonectris diomedea) 10 (Puffinus mauretanicus) 14 (Morus bassanus) 744 (Ichthyaetus melanocephalus) 18 (Thalasseus sandvicensis) 2 (Stercorarius skua) 26 (Alca torda) 5 Observadores: Helder Cardoso e Leila Duarte Uma contagem concordante com as condições dos últimos dias. Tempo: 8:30 - 10:00
14 espécie Vento: NW - Moderado (Anas clypeata) 11 (Melanitta nigra) 226 (Calonectris diomedea) 2 (Puffinus mauretanicus) 92 (Oceanodroma leucorhoa) 2 (Morus bassanus) 2511 (Phalaropus fulicarius) 2 (Rissa tridactyla) 1 (Ichthyaetus melanocephalus) 42 (Thalasseus sandvicensis) 2 (Stercorarius skua) 68 (Stercorarius pomarinus) 3 (Stercorarius parasiticus) 2 (Alca torda) 21 Observadores: Helder Cardoso e Pedro Ramalho |